terça-feira, 24 de abril de 2018

PARÓQUIA: COMUNIDADE CHAMADA A VIVER UMA VIDA SANTA

Nestes ano estou colaborando com o Jornal da Paróquia Santa Teresinha da Região Episcopal Santana, da Arquidiocese de Sao Paulo com artigos sobre diversos temas que o Sínodo Arquidiocesano está motivando as nossas comunidade. Neste mês de maio ouvimos uma chamada em nosso caminho sinodal: a chamada à santidade, a viver uma vida santa. A vida de santidade é nossa meta. É são Paulo que nos diz “A vontade de Deus é que sejais santos” (1Ts 4,3). A Paróquia é comunidade animada e santificada pelo Espirito Santo e ela tem a missão de mostrar a todos o caminho da vida santa, pela pregação do Evangelho, a formação cristã e a celebração dos Sacramentos. A paróquia é lugar de santificação. É aqui que a chamada que vem de Deus é um convite a que nos perguntemos como nossas comunidades estão sendo um espaço que permita o encontro com o Deus Santo, um espaço onde possamos ouvir a voz de Deus: do Deus que ouve o grito do seu povo que está não opressão e desce para liberta-lo indo ao encontro da pessoa de Moisés que viu e ouviu o Senhor. Santos como Moisés. Quando oramos o Pai Nosso pedimos que seja santificado o nome de Deus o qual só acontece quando nos tornamos instrumentos de santificação do mundo. Devemos nos perguntar quais são hoje os lugares onde experimentamos o chamado a uma vida santa. Ter cuidado para que isso não se confunda com vernizes de santidade, feito de celebrações e encontros vazios de conteúdo (sem Deus) mas cheios de perfumes, cores e músicas as quais Deus tampa os seus ouvidos e olhos. Santos como os profetas. Seguindo as Palavras do Papa Francisco na sua última exortação sobre a santidade somos interpelados sobre o tipo de santidade que procuramos. Hoje, "ainda há cristãos que insistem em seguir o caminho da justificação pelas suas próprias forças, o da adoração da vontade humana e da própria capacidade, que se traduz em uma autocomplacência egocêntrica e elitista, desprovida do verdadeiro amor. Manifesta-se em muitas atitudes aparentemente diferentes entre si: a obsessão pela lei, o fascínio de exibir conquistas sociais e políticas, a ostentação no cuidado da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja...em vez de se deixarem guiar pelo Espírito no caminho do amor, apaixonarem-se por comunicar a beleza e a alegria do Evangelho e procurarem os afastados nessas imensa multidões sedentas de Cristo"(57) Tornar nossa comunidades mais santas será buscar valorizar mais “a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e nas mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade “ao pé da porta”, daqueles que vivem perto de nós e são reflexo da presença de Deus” (Gaudete et Exsultate,7). Sendo mês de Maria concluímos com as palavras do Papa na exortação Gaudete et Exsultate: “Desejo coroar estas reflexões com a figura de Maria, porque Ela viveu como ninguém as bem-aventuranças de Jesus. É aquela que estremecia de júbilo na presença de Deus, aquela que conservava tudo no seu coração e se deixou atravessar pela espada. É a mais abençoada dos santos entre os santos, aquela que nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. E, quando caímos, não aceita deixar-nos por terra e, às vezes, leva-nos nos seus braços sem nos julgar. Conversar com Ela consola-nos, liberta-nos, santifica-nos. A Mãe não necessita de muitas palavras, não precisa que nos esforcemos demasiado para lhe explicar o que se passa conosco. É suficiente sussurrar uma e outra vez: Ave Maria” (176) Padre Andres Gustavo Marengo

PARÓQUIA, REUNIDA E ANIMADA PELA PALAVRA DE DEUS

O Sínodo nas Paróquias nos leva este mês a refletir sobre o lugar da Palavra de Deus em nossas comunidades. Cada vez que celebramos a Eucaristia nos proclamamos como assembleia: “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”, amor que se torna concreto e visível na Palavra de Deus que reúne e anima a comunidade. Durante este mês de abril somos convidados a nos perguntar de que forma estamos anunciando a Palavra de Deus. Somos fruto das sementes de santos missionários, padres, religiosos e leigos que semearam a Palavra em nossas comunidades. Chegou a nossa vez, é missão de todos nós: Boa Nova de Jesus à cidade anunciar. Devemos ser como o homem sábio que ouvindo a palavra a põe em prática e portanto a acolhemos em terra boa deixando que faça raízes em nós. A Igreja nasce da Palavra de Deus, que chama, converte, reúne e desperta a fé e a conversão. E a principal missão da Igreja consiste em anunciar a Palavra de Deus e fazê-la frutificar na vivencia cristã. Essa é também a primeira e principal missão de cada comunidade paroquial. A base sólida da Igreja inteira e de cada paróquia é a Palavra de Deus, viva e eterna. Neste ano do Leigo é bom nos perguntar de que forma estamos vivendo o nosso batismo tornando concreta a responsabilidade de anunciar a Palavra em todos os âmbitos da nossa vida social, familiar, eclesial... A Palavra a ser anunciada deve ser semeada em todos os ambientes e realidades. Por isso é de fundamental importância que nos perguntemos sobre como estamos dando lugar ã Palavra de tal forma que nos leve a uma verdadeira conversão pastoral e missionaria. As pequenas comunidades, como células vivas do Corpo de Cristo, são o ambiente propício para escutar a Palavra de Deus, para viv er a fraternidade, para animar na oração, para aprofundar processos de formação na fé e para fortalecer o exigente compromisso de ser apóstolos na sociedade hoje, assim o afirma o Documento de Aparecida (n. 308) E tal vez devemos topar o desafio de multiplicar as comunidades, as células como expressão da vida da comunidade paroquial. Quando uma comunidade não multiplica ela envelhece, se esgota... está na hora de sair a anunciar a palavra multiplicando as sementeiras, multiplicando os evangelizadores pois como diz o canto: “O mundo ainda vai viver Tua Palavra, Tua Palavra de amor”. Padre Andres Gustavo Marengo (Artigo publicado no Jornal Santa Teresinha)